Na manhã desta sexta-feira, 12 de março, a capacidade criativa do brasileiro coloriu o auditório do Centro de Eventos e Convenções Brasil 21, em Brasília, momentos antes da abertura da Conferência Magna: Cultura, Diversidade, Cidadania e Desenvolvimento, proferida pelo professor português Antônio Pinto Ribeiro na II Conferência Nacional de Cultura.
Tão logo o moderador João Batista Ribeiro Filho anunciou o nome do conferencista para iniciar a sua palestra, integrantes do grupo Ação Griô Nacional, sediada em Lençóis, na Bahia, entraram cantando, fazendo o que chamam de ‘cortejo griô’, com a seguinte saudação: “Ô lua nova, cadê a lua cheia? Os griôs já estão chegando para abrir a sua aldeia”. Uma mensagem de alegria, de boas-novas, com muita originalidade.
Essa riqueza da diversidade cultural brasileira - mostrada na prática, ali dentro do auditório lotado - foi mencionada por Pinto Ribeiro, que tem formação acadêmica nas áreas de Filosofia, Ciências da Comunicação e Estudos Culturais, com prática de Programação Artística e de Gestão Cultural. “Nós vivemos num tempo em que é preciso rever tudo. Um ministério cultural não pode ser só um ministério das artes, mas também da cidadania”, enfatizou o professor.
Segundo o conferencista, a Cultura é um termo abstrato, com o qual pode-se dizer muito ou nada. Destacou a questão do multiculturalismo e expôs a realidade da atual expansão cultural, por meio da multiplicação das bienais de arte, da arquitetura que se transformou em “algo sensacional” e do trabalho digital que “está por todo o lado”.
Entrevista
Numa breve entrevista, o catedrático português falou da importância de os públicos serem subsidiados, e não somente os produtores. Explicou a questão: “A atividade cultural deve ser equiparada, por exemplo, à saúde ou à educação. Em muitos países, o dinheiro gasto com essas duas áreas é deduzido dos impostos. Então, a exemplo do que acontece nesses setores, poderia haver dedução de parte das despesas com cultura, o que deixaria as pessoas mais dispostas, mais satisfeitas, já que poderiam deduzir os seus gastos, e com isso pode-se construir mais cultura”.Segundo o conferencista, a Cultura é um termo abstrato, com o qual pode-se dizer muito ou nada. Destacou a questão do multiculturalismo e expôs a realidade da atual expansão cultural, por meio da multiplicação das bienais de arte, da arquitetura que se transformou em “algo sensacional” e do trabalho digital que “está por todo o lado”.
Entrevista
“Estou absolutamente maravilhado com a realização da II Conferência Nacional de Cultura”, comentou. Para Pinto Ribeiro, vão surgir durante os debates diferentes pontos de vista, alguns até vão entrar em colisão, mas o público está tendo a oportunidade de fazer o diagnóstico da virada cultural no Brasil. “E isso é fantástico”, destacou entusiasmado.
Fonte: Comunicação Social/MinC
Texto: Gláucia Ribeiro Lira
Fotos: Pedro França
Um comentário:
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