quarta-feira, 27 de maio de 2009

Mata Atlântica está reduzida a 7,9% de sua área original, aponta estudo
Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Vista aérea de áreas de conservação da Mata Atlântica.
Foto Valter Campanato
A Mata Atlântica está reduzida a 7,9% de sua área original no país, segundo indicam dados do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica para o período de 2005 a 2008. O estudo foi realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e divulgado hoje (26) em São Paulo. Entre 2005 e 2008, a Mata Atlântica perdeu 102,9 mil hectares, o que, de acordo com o Inpe, equivale a dois terços da cidade de São Paulo

Quando consideradas as áreas fragmentadas, o número sobe para 11,4%. De acordo com os dados, de 2005 a 2008, foram desmatados 102.938 hectares em dez estados avaliados pelo estudo, o que corresponde a uma média anual de 34.121 hectares destruídos a cada ano.
Conforme o mapeamento, realizado há 20 anos pelas duas entidades, os estados onde a devastação é maior são: Minas Gerais, onde nos últimos três anos foram desmatados 32.728 hectares, Santa Catarina, que perdeu 25.953 hectares e Bahia, que teve 24.148 hectares de Mata Atlântica destruídos. Em seguida, vêm os estados do Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Goiás e Espírito Santo, que, juntos, somam 20.683 hectares desmatados.
A diretora da Fundação SOS Mata Atlântica e coordenadora do estudo pela entidade, Márcia Hirota, disse que o desmatamento nesses estados ocorre principalmente para substituir o uso da floresta, geralmente para a agropecuária e exploração de pinus, principalmente em Santa Catarina.

Os maiores remanescentes estão localizados nas regiões Sudeste e Sul, principalmente no corredor da Serra do Mar, que abrange desde o Rio de Janeiro e sul de Minas Gerais até Santa Catarina, onde a floresta está protegida devido ao seu relevo acidentado. “Os maiores fragmentos estão localizados no litoral sul de São Paulo, Vale do Ribeira e leste do Paraná. Quanto ao resto, vemos ilhas de floresta espalhadas por essa região, que já foi em grande parte devastada", afirmou Márcia Hirota.
Ela explicou que a Mata Atlântica situa-se em uma região onde há muitos usos e muitas cidades e, por isso, está tão fragmentada. Para ela, esse isolamento da vegetação nativa é que compromete a ocorrência de espécies e seu fluxo. “Ela [Mata Atlântica] ocorre em 17 estados brasileiros e mais de 3.200 municípios, em área com 112 milhões de habitantes. As principais cidades e metrópoles brasileiras estão localizadas nessa região então o impacto das pessoas e da utilização dessa floresta tem sido desde o descobrimento do Brasil feito com que a mata atlântica fosse reduzida drasticamente”.

Márcia Hirota enfatizou que a maior parte da população vive em áreas de Mata Atlântica e depende da floresta para sobreviver. E a floresta protege as nascentes, o fluxo hídrico e faz com que a produção e a qualidade dessa água cheguem até cada casa. “Ou seja, enquanto a floresta existir, haverá água para beber. Se a floresta desaparecer, a nascente seca também." A diretora da fundação ressaltou que a Mata Atlântica é patrimônio nacional, detém rica biodiversidade e precisa ser preservada, pois os serviços ambientais que presta à população garantem a qualidade de vida das pessoas. "É para isso que procuramos chamar a atenção da sociedade brasileira e do poder público”.
Ela destacou ainda a necessidade de um esforço de restauração florestal para que as áreas que ainda restam sejam interligadas e mantidas. A Mata Atlântica, lembrou Marcia, tem uma lei de preservação específica, o que torna mais grave o fato de a média anual de desmatamento nos últimos cinco anos ser praticamente a mesma observada no período anterior. “Precisamos intensificar os trabalhos de conscientização das pessoas, para chamar a atenção da sociedade, mas também fazer com que o Poder Público apresente suas metas de desmatamento zero e intensifique seu trabalho de fiscalização e controle”.
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A Cara de Brasília
Célia Porto Canta Renato Russo

Direção Musical: Renio Quintas
Local: Rayuela Livraria e Bistrô - 412 Sul. Bloco B. Loja 3
Data:29 e 30 de Maio de 2009 22h
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segunda-feira, 25 de maio de 2009

Expo Alimentos Orgânicos é atração no Lago Norte

De 29 a 31 de maio, no shopping Deck Norte, haverá grande variedade de produtos sem agrotóxicos na feira organizada pelo Sebrae no DF e Sindiorgânicos. (Ana Gabriella Sales)

Frutas, hortaliças, grãos, mel, doces e até flores orgânicas. Os produtos irão invadir a praça de alimentação que fica no 2º piso do shopping Deck Norte, no Lago Norte, de 29 a 31 de maio. As opções saudáveis de consumo, que dispensam o uso de agrotóxicos, serão expostas e comercializadas durante a Expo Alimentos Orgânicos, iniciativa inédita do Sebrae no DF em parceria com o Sindiorgânicos - Sindicato dos Produtores de Orgânicos do DF. A feira também faz parte do calendário de atividades da V Semana Nacional de Alimentos Orgânicos, promovida pelo Ministério da Agricultura.

Mais de dez produtores atendidos pelo projeto Mundo Orgânico, do Sebrae no DF, irão participar do evento. A ideia, segundo a gestora do projeto, Ana Paula da Conceição, é divulgar os benefícios do consumo de orgânicos, além de mostrar o que é produzido dentro do DF e entorno. “O foco é popularizar os produtos”, diz.

Uma pesquisa da Emater, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF, mostra que a maioria dos consumidores de orgânicos é de classe média-alta. Para quebrar este paradigma e tornar o produto acessível a outras classes sociais, a feira deve percorrer várias regiões do DF até o fim do ano, como Taguatinga e Guará. O presidente do Sindiorgânicos, Moacyr Pereira Lima, está otimista com a ideia. Segundo ele, o consumo de orgânicos aumentou cerca de 40% no DF em 2008, e a meta é continuar aumentando este número.

O risco dos agrotóxicos

Um estudo recente da Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, em 17 tipos de frutas, verduras e legumes revelou que 15,29% possuem resíduos de agrotóxicos proibidos ou além do permitido por lei. Após a divulgação do levantamento, em abril, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, fez um alerta à população sobre os cuidados que devem ser tomados para evitar a contaminação. Uma das alternativas apontadas pelo ministro foi o consumo de alimentos orgânicos. Na pesquisa, o pimentão foi o recordista, com 64% das amostras contendo resíduos de agrotóxicos. Em seguida estão morango, cenoura e uva, que possuem índices de irregularidades superiores a 30%. Segundo nutricionistas, a presença indiscriminada de produtos químicos para o combate de pragas pode causar prejuízos à saúde do produtor e do consumidor.

Serviço:
Expo Alimentos Orgânicos no Lago Norte
De 29 a 31 de maio de 2009
Local: Shopping Deck Norte, 2º Piso, Praça da Alimentação
Das 10h às 20h
Central de Relacionamento Sebrae - 0800 570 0800
SINDIORGANICOS: 3244.7130 / 9199.9552
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Campanha do Mapa incentiva consumo de alimentos orgânicos
Janine Moraes/ABr
Brasília (25.5.2009) - Mostrar à população a importância dos alimentos orgânicos e incentivar o consumo desses produtos é o objetivo da campanha “Entre para o Mundo da Vida Saudável. Prefira Alimento Orgânico, promovida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), durante a 5ª Semana dos Alimentos Orgânicos, que será realizada de 25 a 31 de maio, em 24 estados e no Distrito Federal.

A campanha será veiculada em canais de TV aberta e fechada, cinema e internet. Além disso, cartazes, folderes e uma cartilha do Ziraldo divulgarão os benefícios das frutas, hortaliças, grãos, carnes e demais alimentos orgânicos para a saúde .

De acordo com o coordenador de Agroecologia, Rogério Dias, a campanha e a Semana dos Alimentos Orgânicos são importantes para que o consumidor entenda o seu papel e promova uma agricultura mais sustentável.

Selo Oficial - O público escolheu a identidade visual do Selo Brasileiro de Conformidade Orgânica que vai identificar os alimentos comercializados e conferir mais garantias aos consumidores, a partir do primeiro semestre de 2010. No caso das feiras e Ceasas, cada produtor será responsável por verificar a qualidade do alimento vendido pelos “companheiros” e deve ser cadastrado no Ministério da Agricultura, até 28 de dezembro de 2009.
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Stephanes lança em São Paulo campanha Café é Saúde
Da Agência Brasil

Brasília - O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, lança hoje (25), em São Paulo, a campanha Café é Saúde. Será às 19h, na Sala São Paulo, da Estação da Luz.

O objetivo é divulgar os benefícios do café como bebida energética e capaz de prevenir doenças, além de mostrar a posição de destaque do produto na economia nacional.

A campanha será veiculada de 29 de maio a 22 de junho em emissoras de televisão, revistas de circulação nacional, sites e salas de cinema. A meta é estimular o consumo saudável da bebida entre o público com idade acima de 15 anos.

À tarde, em Campinas (SP), Stephanes participa das comemorações dos 20 anos da Embrapa Monitoramento por Satélite. Durante a cerimônia, será lançado livro ilustrado com imagens de satélites de várias regiões brasileiras.
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Começam no Rio atividades do Dia Mundial sem Tabaco
Da Agência Brasil
Rio - O Dia Mundial Sem Tabaco, comemorado em 31 de maio, será marcado no Rio por uma semana de atividades, com início hoje (25). Um ator, preso dentro de um maço de cigarros de três metros de altura, fará performances em diferentes pontos da cidade. A ideia é chamar a atenção para a necessidade de adoção de ambientes fechados totalmente livres da fumaça do tabaco.

Quinta-feira (28), o Instituto Nacional do Câncer (Inca) promove o seminário Advertências Sanitárias nos Maços de Cigarros - Defesa ou Afronta à Dignidade Humana?

Durante as performances, ao lado do maço gigante, haverá uma tenda onde serão distribuídos folhetos informativos sobre os males do tabaco.Técnicos da Divisão de Controle do Tabagismo do Inca estarão no local esclarecendo dúvidas da população.
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domingo, 24 de maio de 2009

O pão do povo (Brecht)

A justiça é o pão do povo.
Às vezes bastante, às vezes pouca.
Às vezes de bom gosto, às vezes de gosto ruim.
Quando o pão é pouco, há fome.
Quando o pão é ruim, há descontentamento.
Fora com a justiça ruim!
Cozida sem sabor, amassada sem sabor!
A justiça sem sabor, cuja casca é cinzenta!
A justiça de ontem, que chega tarde demais!
Quando o pão é bom e bastante o resto da refeição pode ser perdoado.
Não pode haver tudo logo em abundância.
Como é necessário o pão diário, é necessária a justiça diária.
Sim, mesmo várias vezes ao dia.
De manhã, à noite, no trabalho, no prazer.
No trabalho que é prazer.
Nos tempos duros e felizes.
O povo necessita do pão diário da justiça, bastante e saudável.
Sendo o pão da justiça tão importante, quem amigos, deve prepará-lo?
Quem prepara o outro pão?
Assim como o pão, deve o pão da justiça ser preparado pelo povo.

Brecht – poemas 1913-1956, 4ª. ed. São Paulo, Brasiliense, 1990, p. 309. Tomado do Livro de culto da IECLB – Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, 2003.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Semana do Mel 16 a 24 de maio/09
09 às 17 horas


Jardim Botânico de Brasília
Homenagem ao dia do Apicultor
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Carlinhos Brown e deputados da Bahia apóiam luta dos Pataxó Hã Hã Hãe
No dia 12 de maio, o artista Carlinhos Brown e deputados estaduais da Bahia declararam apoio à luta dos Pataxó Hã Hã Hãe pela reconquista do território do povo, no sul do estado. Há 26 anos, os indígenas esperam a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a ação que requer a nulidade de títulos de propriedade de terra concedidos a fazendeiros que ocupam a terra do povo.

Numa reunião organizada pelo deputado Yulo Oiticica (PT/BA), a cacique Ilza Rodrigues e oito lideranças Pataxó Hã Hã Hãe falaram para Carlinhos Brown sobre a luta do povo nesses 26 anos. Nesse período, os indígenas reconquistaram 18 mil hectares dos 54 mil hectares demarcados como terra indígena ainda na década de 1930. Também lembraram dos mais de 20 Pataxó Hã Hã Hãe que morreram lutando pela terra, entre eles Galdino dos Santos - queimado vivo em Brasília quando buscava solução para o conflito em torno da terra do povo.

Brown afirmou que é preciso mostrar a realidade para a população; mostrar que a questão indígena não foi resolvida no país. Ele ressaltou que deve haver justiça para os Pataxó Hã-Hã-Hãe, por isso vai se comprometer com essa luta, pois os índios precisam ser respeitados e não tratados como enfeites no Brasil.

Após a reunião, em discurso no plenário, o deputado Yulo convocou a Assembléia a se posicionar diante da grave situação enfrentada pelos Pataxó Hã-Hã-Hãe. Foi apresentada uma moção de solidariedade ao povo, ressaltando a importância do STF concluir o julgamento sobre as terras dos Hã Hã Hãe. Até agora, 19 deputados de 5 partidos já assinaram a moção.

Em Salvador, os indígenas também se reuniram com estudantes e representantes de diversos movimentos sociais da Bahia, que promoverão ações em defesa da terra dos Hã Hã Hãe. Os apoios conquistados aumentaram o otimismo dos indígenas em relação ao julgamento da ação. Eles esperam que os ministros do STF votem de acordo com o ministro Eros Grau, relator do caso. No dia 24 de setembro de 2008, Grau votou pela procedência da ação, considerando nulos os títulos que incidem na terra dos Pataxó Hã Hã Hãe e determinando a retirada dos ocupantes não indígenas da área. Após o voto do relator, o ministro Carlos Menezes Direito pediu vista do processo e julgamento foi suspenso.

(informações Haroldo Heleno – Cimi Itabuna)
Itabuna, 14 de maio de 2009
Cimi - Conselho Indigenista Missionário
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segunda-feira, 18 de maio de 2009

72ª Feira do Troca de Olhos D’Água
05 a 07 de Junho 2009


A primeira Feira do Troca aconteceu em dezembro de 1974, como parte de um projeto de arte-educação implantado pela professora Laís Aderne. Foi idealizada como um canal de escoamento para a produção artesanal, que vinha sendo resgatada com a identificação dos mestres artesãos e a retomada dos fazeres tradicionais daquela população.

Reeditada a cada ano, a Feira do Troca acontece sempre no primeiro domingo dos meses de junho e dezembro, tendo como seu maior atrativo o resgate de um importante traço cultural da região: a gambira ou catiragem. Durante muitos anos, essa foi a forma que a população encontrou para adquirir gêneros de primeira necessidade, que trocava por produtos artesanais.

Se, em um primeiro momento, a Feira incentivou a produção artesanal de Olhos d'Água, nota-se atualmente que, a cada ano, esse evento vem perdendo sua característica de possuir produtos locais, passando a abrigar um grande universo de mercadorias. Hoje, Olhos d'Água só conta com esses dois eventos anuais para escoar seus produtos, o que tem dificultado a obtenção de renda e a conseqüente melhoria da qualidade de vida de sua população.
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quinta-feira, 14 de maio de 2009

Mostra Cultural Bagagem
Apresenta
Grupo Voar Teatro de bonecos

Com
FAMÍLIA BRASÍLIA

Brasilindo e Brasilinda moradores de Brasília, recebem a visita de seus sobrinhos do Ceará. O objetivo da viagem é reencontrar seus parentes e conhecer os encantos da capital. Querem entender por que seus parentes nunca voltaram e o que existe de tão especial neste lugar.

É um espetáculo interativo onde a platéia participa ativamente do jogo teatral, o espetáculo uniu a linguagem dos bonecos e do palhaço e é guiado por uma trilha sonora com tema sobre Brasília.

Direção: Marco Augusto
Atriz: Lúcia Correa
Bonequeiro: Marco Augusto
Sonoplastia: Wesley Barbosa

Entrada Franca.
Dia: 16/05/2009
Horas: 18:00 horas.
Classificação: Livre
Local : Espaço Cultural Bagagem. Quadra 40 Setor Central-Gama

ESPAÇO CULTURAL BAGAGEM
Quadra 40 Setor Central-Gama
MAIORES INFORMAÇÕES: 3556-6605/9618-0102
agenda.bagagem@hotmail.com

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quarta-feira, 13 de maio de 2009

O Povo iluminando o Judiciário
Uma noite inesquecível

Por: Leandro Fortes
Fotos: Leandro Fortes
Não deixa de ser curioso constatar o clima de Baile da Ilha Fiscal que cercou, literalmente, a impressionante manifestação popular levada à cabo na noite de hoje, 6 de maio de 2009, na Praça dos Três Poderes, em frente ao Supremo Tribunal Federal, aqui em Brasília. Logo cedo, o ministro Gilmar Mendes, alvo dos manifestantes, mandou colocar cercas em todo o perímetro do STF com a inacreditável desculpa de que seria preciso preservar o ambiente para um evento noturno, a apresentação de um anuário jurídico publicado pelo jornalista Márcio Chaer, do site Consultor Jurídico. Chaer e Mendes são amigos, mais que amigos, fraternos aliados empenhados em uma simbiose ideológica travestida de relação jornalística. Difícil é definir quem é a fonte de quem.
Quis o destino que a tertúlia do Conjur, montada para dar um ar de naturalidade a uma noite de protestos anunciados, surtisse um efeito perversamente oposto, alçada que foi a farra a pano de fundo perfeito para as luzes de milhares de velas acesas em frente ao STF. Graças ao convescote, os manifestantes puderam perceber a presença física, ainda que à distância, de Gilmar Mendes. Àquela altura, o presidente do STF já estava amargamente arrependido de ter apostado no fracasso da manifestação. Mais cedo, ele havia relegado o movimento a uma ação de inimigos dos quais, em mais uma de suas declarações infelizes, disse se orgulhar. Com Mendes na mira, vieram as palavras de ordem, gritadas a pleno pulmão. Ele ouviu.
Coisa linda é uma manifestação noturna com 10 mil velas. Pelo menos duas mil pessoas passaram pela Praça dos Três Poderes para participar, olhar ou só constatar o que estava acontecendo em meio àquela alegre balbúrdia de luz. Os carros normalmente indiferentes ao rush da capital federal buzinavam, em apoio aos manifestantes. Pessoas desciam dos ônibus para prestar solidariedade. Ele viu.

Que ninguém se engane. Esta noite, algo se quebrou em
Brasília.

Leandro Fortes é jornalista da Carta Capital e foi o primeiro jornalista censurado por um presidente do STF sem processo, sem sentença e sem autos.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Somos todos atores
Augusto Boal
  
Augusto Boal (1931-2009)

Teatro não pode ser apenas um evento - é forma de vida! Mesmo quando inconscientes, as relações humanas são estruturadas em forma teatral: o uso do espaço, a linguagem do corpo, a escolha das palavras e a modulação das vozes, o confronto de idéias e paixões, tudo que fazemos no palco fazemos sempre em nossas vidas: nós somos teatro!

Não só casamentos e funerais são espetáculos, mas também os rituais cotidianos que, por sua familiaridade, não nos chegam à consciência. Não só pompas, mas também o café da manhã e os bons-dias, tímidos namoros e grandes conflitos passionais, uma sessão do Senado ou uma reunião diplomática - tudo é teatro.

Uma das principais funções da nossa arte é tornar conscientes esses espetáculos da vida diária onde os atores são os próprios espectadores, o palco é a platéia e a platéia, o palco. Somos todos artistas: fazendo teatro, aprendemos a ver aquilo que nos salta aos olhos, mas que somos incapazes de ver, tão habituados estamos apenas a olhar. O que nos é familiar torna-se invisível: fazer teatro, ao contrário, ilumina o palco da nossa vida cotidiana.
 
Verdade escondida

Em setembro do ano passado fomos surpreendidos por uma revelação teatral: nós, que pensávamos viver em um mundo seguro, apesar das guerras, genocídios, hecatombes e torturas que aconteciam, sim, mas longe de nós, em países distantes e selvagens, nós vivíamos seguros com nosso dinheiro guardado em um banco respeitável ou nas mãos de um honesto corretor da bolsa quando fomos informados de que esse dinheiro não existia, era virtual, feia ficção de alguns economistas que não eram ficção, nem eram seguros, nem respeitáveis. Tudo não passava de mau teatro com triste enredo, onde poucos ganhavam muito e muitos perdiam tudo. Políticos dos países ricos fecharam-se em reuniões secretas e de lá saíram com soluções mágicas. Nós, vítimas de suas decisões, continuamos espectadores sentados na última fila das galerias.

Vinte anos atrás, eu dirigi Fedra de Racine, no Rio de Janeiro. O cenário era pobre: no chão, peles de vaca; em volta, bambus. Antes de começar o espetáculo, eu dizia aos meus atores: "Agora acabou a ficção que fazemos no dia-a-dia. Quando cruzarem esses bambus, lá no palco, nenhum de vocês tem o direito de mentir. Teatro é a Verdade Escondida".

Vendo o mundo além das aparências, vemos opressores e oprimidos em todas as sociedades, etnias, gêneros, classes e castas, vemos o mundo injusto e cruel. Temos a obrigação de inventar outro mundo porque sabemos que outro mundo é possível. Mas cabe a nós construí-lo com nossas mãos entrando em cena, no palco e na vida.

Atores somos todos nós, e cidadão não é aquele que vive em sociedade: é aquele que a transforma!

Augusto Boal (1931-2009)
 
Fonte: http://typo38.unesco.org/pt/cour-02-2009/02-2009-theatre.html

sábado, 9 de maio de 2009

Tribu das Artes
Tela de Marcelo Cruz
Tema: O trabalhador
Terça feira/ 12 de Maio de 2009
Botiquim Blues –Praça do DI- Taguatinga
Início as 20h30

“Contra a arte domingueira que defeca em nossa sala e nos hipnotiza no colo da poltrona”

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Estudante moçambicana é homenageada pela ONG Maria Mariá

ONG Maria Mariá premia atuação de mobilizadoras sociais, estudante moçambicana da Ufal foi uma das homenageadas   

A Organização Não-Governamental (ONG) Maria Mariá prestou homenagem, nesta quarta-feira, a mulheres e mães que se destacam nas comunidades onde vivem e na sociedade, em geral, pela capacidade de mobilização social. A solenidade foi realizada no restaurante da Federação das Indústrias de Alagoas e reuniu, além das homenageadas, representantes de instituições públicas e não governamentais responsáveis pelas indicações.

A estudante de Música da Ufal, a moçambicana Sônia André, foi homenageada pela implantação do projeto "Cantando e Brincando Aprende-se”, que a partir de 2010 será implantando nas escolas públicas de Moçambique. O projeto propõe estimular o conhecimento e a formação dos professores moçambicanos sobre a disciplina da Educação Musical, a partir do material recolhido nas comunidades escolares das diversas regiões de Moçambique, para ser utilizado didaticamente em sala de aula. Esse material sserá utilizado como ferramenta pedagógica para melhorar a qualidade do ensino. “Queremos levar os professores a valorizarem a música no seu contexto histórico, político e social, respeitando a tradição cultural do lugar”, diz Sônia.

Também foram homenageadas: a líder comunitária da Favela Sururu de Capote, Vânia Teixeira, a quilombola Laurinete Basílio dos Santos, da comunidade Pau D’arco, no município de Arapiraca, a indígena Francisca Silva Medeiros, da Aldeia Boqueirão, de Palmeira dos Índios; a comerciante Maria Cícera Pereira Gomes, vendedora de cosméticos e artesã; a quilombola Marleide Souza Pereira, de Santana do Mundaú, e Maria Isa Virgínio da Silva, que tem histórico de superação na atenção a pessoas necessitadas.

Todas as homenageadas foram indicadas por representantes de instituições como Ufal, Polícia Federal, Câmara de Vereadores de Maceió e de Santana do Mundaú e Secretaria de Educação de Viçosa e Secretaria de Estado da Mulher e da Cidadania.

Com o tema “Mojubá Yèyé”, que na língua yorubá significa “Eu saúdo as mães”, a iniciativa teve como objetivo prestar homenagem a mulheres que, apesar das dificuldades e das limitações sociais exclusivistas, superaram adversidades econômicas e sociopolíticas. “Convocamos as autoridades que indicaram mulheres que têm em seu perfil histórias de superação para que possamos viabilizar parcerias, na intenção de dar visibilidade a pessoas que no seu dia a dia não têm esse reconhecimento público. Pretendemos, com isso, mobilizar a sociedade para a discussão crítica sobre o reconhecimento da contribuição dessas mulheres para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária”, analisou Arísia Barros, coordenadora do projeto Raízes de África.

A reitora Ana Dayse Dorea ressaltou os valores da estudante da Ufal que foi indicada por ela. “Esta moçambicana é sem dúvida uma mulher e mãe de grande coragem. Veio para Alagoas estudar, trazendo um bebê no colo, e além de se destacar como estudante, ainda foi responsável pela implantação de um projeto que se traduz em um intercâmbio prático entre Alagoas e Moçambique”, declarou a reitora.

Sônia André se disse surpresa com a homenagem e com a repercussão do trabalho dela. “Eu não esperava esse reconhecimento e fico muito emocionada”, disse a estudante. Ela relatou que realmente chegou ao Brasil quando a filha, que agora tem quase três anos, tinha apenas seis meses. “Foi muito difícil no início, tive que me adaptar, procurar alguém para cuidar da minha filha enquanto eu ia para a Ufal, enfrentei alguns problemas, mas  tudo valeu a pena e eu sinto que foi um grande passo para o meu desenvolvimento profissional”, contou Sônia.

No almoço, além de ser homenageada, Sônia André cantou para todos os presentes uma música moçambicana que fala da relação entre mãe e filha. “Nessa música, a filha pergunta para a mãe com quem pode compartilhar o peso da vida senão com ela. E a mãe responde para filha que ela tem tanto direito a estar nesse mundo quanto qualquer pessoa, e ser feliz. Essa é a mensagem de todas as mães para os seus filhos, que eles tenham força e enfrentem a adversidade para conquistar o próprio espaço neste mundo”, conclui a universitária.

Texto de : Lenilda Luna, jornalista, com informações da Agência Alagoas, retirado aqui

Fotos : cedidas gentilmente pela Sônia André

terça-feira, 5 de maio de 2009

Força do Cerrado
Artesanato Conscíente

" Somos um grupo que resgata e produz o que aprendeu com os avós. São peças representativas da nossa cultura, na qual o respeito ao meio ambiente, as formas texturas e cores do cerrado dão origem a um artesanato consciente.
Este é o resultado do curso realizado pelo Programa SEBRAE de Artesanato - PSA, na cidade de Uberlândia, Minas Gerais."
Visite a exposição dos trabalhos desenvolvidos:
de 7 a 9 de maio de 2009
Horário: 10h00 às 20h00
Local: Espaço cultural e ateliê Maristeles Crosara
Rua Javari 441, esquina com Jamil Tannus- B.lídice
Uberlândia, Minas Gerais
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Acampamento Terra Livre 2009
Fotos: Antonio Cruz/ABr
Brasília - Representantes de várias etnias montam acampamento na Esplanada dos Ministérios para acompanhar a discussão sobre o novo Estatuto do Índio e sobre a demarcação e proteção de territórios indígenas.
Acampamento Terra Livre pede política mais clara para indígenas

Morillo Carvalho
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A Esplanada dos Ministérios, em Brasília, é, a partir de hoje (15), o palco de debate sobre os direitos indígenas. Cerca de 800 índios vão se instalar no gramado central da capital federal para chamar a atenção dos políticos sobre os temas ligados aos índios. Esta é a quinta edição do Acampamento Terra Livre.

A ação encerra o Abril Indígena, um movimento que desenvolve atos políticos por todo o país no mês em que se comemora o Dia do Índio (19 de abril). Neste ano, a pauta de reivindicações inclui “uma política mais clara para os povos indígenas”, de acordo com um dos coordenadores-gerais do acampamento, Sandro Tuxá.

“Há vários projetos de lei tramitando no Congresso que, na nossa avaliação, vão contra os direitos indígenas conquistados na Constituição Federal de 1988”, disse, destacando aquele que cria o Estatuto do Índio e tramita na Câmara há 13 anos.

“Está prevista a realização de uma audiência mista no Salão Negro do Congresso Nacional, com a presença dos presidentes do Senado [Garibaldi Alves Filho] e da Câmara [Arlindo Chinaglia], na qual os povos indígenas vão reivindicar a tramitação do estatuto e a criação do Conselho Nacional de Política Indigenista”, detalhou.

Segundo Tuxá, a criação do conselho é necessária para cumprir o papel que hoje é exercido pela Comissão Nacional de Política Indigenista, mas com caráter deliberativo – a comissão é apenas consultiva. Outra prioridade é a questão da saúde indígena.

“A medida provisória criada pelo Ministério da Saúde que libera o repasse de recursos para os municípios não é bem vista pelos indígenas. A maioria dos municípios é espaço conflituoso, já que ainda não está garantido o uso da terra [pelos índios]. Muitos prefeitos são contra os indígenas. Para nós, a União é a instância de governo mais isenta para gerir esses recursos”, defendeu o líder.

Ele disse ainda que, para alcançar essa meta, além do debate durante o acampamento, os povos indígenas devem promover atos públicos.
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domingo, 3 de maio de 2009

Feira de Artesanato de Alexânia - GO
Agora quem trafega pela BR 060 entre Brasília e Goiânia nos finais de semana, tem um ótimo motivo para dar uma paradinha em Alexânia, neste Domingo foi inaugurada a “Feira de Artesanato de Alexânia”, que reuniu em clima de festa e descontração o melhor do artesanato da região que acontecera todos os Domingos.
A excelente iniciativa da Secretária de Meio Ambiente Turismo e Cultura de Alexânia, ao criar a Feira de Artesanato já é um sucesso, na sua primeira edição, contou com a presença dos artesãos de Alexânia e Olhos D’Água que mostram uma variedade imensa de trabalhos, nos mais diversos tipos de matérias e contou com um publico significativo, que foram as compras e participaram com entusiasmo do evento, contou com a animação da tradicional Orquestra de Violeiros de Alexânia sob a regência do Prof. Manoel tocando música de raiz, apresentado por Luiz Paulo apresentador do programa Porteira Aberta.
O apoio da prefeita Cida que não mediu esforços para garantir a realização desta primeira edição da Feira de Artesanato de Alexânia, mais uma iniciativa da Prefeitura em promover e incentivar os artesãos do município, criando mercado e mais uma ótima opção de lazer e turismo aproveitando a localização estratégica da cidade.





Equipe responsável pela realização do evento.
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Área de Preservação Ideológica!!!

Bem vindos a Área de Preservação Ideológica!
http://www.sitecurupira.com.br/