Luana Lourenço
Antonio Cruz/ABr
Segundo Galembek, que desenvolve pesquisas aplicadas para a indústria química, as universidades, as empresas e os governos perdem oportunidades por falta de parcerias e de estratégias para desenvolvimento e inovação.
O pesquisador acredita que o investimento em pesquisa aplicada deve ser prioridade nos planos de desenvolvimento de ciência e tecnologia. Para ele, a conexão entre instituições de pesquisa e a indústria poderia tornar o país mais competitivo e desenvolver áreas em que ainda há dependência de outros países, como fármacos, equipamentos para telecomunicações e tecnologias da informação.
“Existe a ideia de que a ciência não tem a aprender com as empresas, a ideia de que o fluxo é academia-atividade industrial. E não é bem assim. É um caminho de duas mãos”, argumentou. De acordo com o pesquisador, muitas vezes, boas ideias surgem de problemas práticos encontrados nas empresas, “e não na leitura de papers [artigos científicos]”.
Galembeck acredita que o Brasil pode liderar a “transição global para uma era do pós-petróleo”, mas ressalta que é necessário definir com clareza onde se quer investir conhecimento e recursos. “Muito dinheiro, discursos e boa-vontade não criam realidades sem bons planos e estratégias”, argumentou.
Manaus - Índios da etnia Tuyuka, de São Gabriel da Cachoeira, norte do Amazonas, participam da 61ª Reunião Anual da SBPC

Foto: Antonio Cruz/ABr
Fonte:Agência Brasil