O crescimento significativo do lixo eletrônico (e-lixo) no Brasil vem
preocupando os técnicos da Secretaria Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro
(SEA). O resíduo desse tipo de material contém substâncias perigosas, que podem
impactar o meio ambiente e ameaçar a saúde da população. A estimativa é que cada
brasileiro descarta cerca de 0,5 quilo de resíduos de equipamentos
eletroeletrônicos por ano.
O superintendente de Resíduos Sólidos da
secretaria, Jorge Pinheiro, disse à Agência Brasil que em razão
das substâncias perigosas contidas nesse tipo de aparelhos, é necessário
organizar uma logística reversa no estado que acompanhe as discussões dos
acordos setoriais, previstos na Lei 12.305/10, que instituiu a Política Nacional
de Resíduos Sólidos. Caberá ao grupo de trabalho técnico, constituído em
Brasília, definir o acordo setorial, que dará as diretrizes para implementação
da logística reversa dos eletroeletrônicos, disse.
Pinheiro avaliou que às vésperas da Conferência
das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, programada para
junho próximo, no Rio de Janeiro, a adequação dos empreendimentos à nova lei de
resíduos sólidos será de vital importância. Segundo ele, para que isso possa
ocorrer de forma equilibrada e em conformidade legal, as novas práticas entre
fornecedores e clientes precisarão ser adequadas, visando ao compartilhamento de
responsabilidades.
“Atualmente, existem ações pontuais de fabricantes
que coletam os resíduos de seus equipamentos, por exemplo, e empresas ou
organizações não governamentais (ONGs) que coletam ou recebem equipamentos
eletroeletrônicos, dando a destinação final”, declarou.
É o caso, de acordo com Pinheiro, da Fábrica
Verde, projeto da SEA, que recebe doações de computadores e periféricos para
reutilização, capacitando jovens do Complexo do Alemão, na Penha, bairro da zona
norte da cidade, para a atividade de manutenção e montagem de computadores.
Os novos aparelhos montados são destinados a
entidades sem fins lucrativos e órgãos públicos instalados nas comunidades,
declarou o superintendente. Ele ressaltou que novas empresas de remanufatura de
resíduos eletroeletrônicos estão entre os negócios promissores para o
cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
O superintendente observou, por outro lado, que os
equipamentos descartados têm valor econômico, pois contém materiais valiosos e
raros. O seu descarte correto é importante porque muitos elementos apresentam
elevado teor de toxicidade, e também pelo fato de que, de acordo com o Programa
das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), o mundo produz entre 20 a 50
milhões de toneladas métricas de lixo tecnológico todos os anos.
Na fabricação de computadores e celulares, por
exemplo, são usados vários metais, entre os quais ouro, prata, gálio, índio,
chumbo, cádmio e mercúrio. Alguns, como o cádmio, são agentes cancerígenos.
Outros, como o chumbo, prejudicam o cérebro e o sistema nervoso, lembrou
Pinheiro.
Nas duas campanhas de esclarecimento e
conscientização dos consumidores para o descarte correto do lixo eletrônico,
promovidas pela secretaria, foram coletadas quase 12 toneladas de resíduos
eletroeletrônicos, “sem contar os computadores que são reaproveitados na Fábrica
Verde,no Complexo do Alemão”.
Pinheiro ressaltou que a cadeia de reciclagem
ainda não se acha estruturada para o fluxo desses resíduos e reforçou a
necessidade de participação do setor produtivo para a viabilidade da logística
reversa.
Segundo o superintendente da SEA, mesmo antes das
definições dos acordos setoriais previstos no decreto de regulamentação da
Política Nacional de Resíduos Sólidos, a secretaria já vem trabalhando a questão
de valorização dos resíduos dentro do Plano Estadual de Gestão Integrada de
Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), que está em elaboração.
Em relação aos cuidados que a população deve ter
em relação a esses materiais, o superintendente recomendou que devem procurar
empresas de reciclagem que comprem resíduos eletroeletrônicos e tenham como
garantir a destinação correta desses materiais. Outra alternativa, disse, “é
guardar em casa até a montagem de uma logística reversa ou entrar em contato com
o fabricante do produto e saber se ele tem uma solução”.
Fonte: Agência Brasil
Por: Alana Gandra
4 comentários:
Vim retribuir a visita e conhecer também o seu blogue :)
Olá!Boa tarde!
Tudo bem?
...é! esta estimativa de 05, kg por pessoa,me "assustou"...sofreremos grandes danos em nossa saúde,se não houver,de imediato,uma conscientização...
Obrigado pela participação em meu blog!
Abraços!
A tener conciencia, por favor.
Todos lo lograremos.
Un abrazo
Olá! Agradeço sua visita ao meu Blog e sua associação ao mesmo. Grata por sua gentileza. Estou seguindo o seu Blog e aproveito para parabenizá-lo pelo excelente trabalho em sua página. Voltarei muitas vezes. Se me permitir gostaria de saber se posso copiar alguma matéria e postar em meu "Cantinho", obviamente citando a fonte. Tenha um lindo e produtivo dia!!!
Abraços cordiais.
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