O escritor paulista fez palestra sobre o tema A
Literatura e o Cárcere. Ex-presidiário, Mendes contou sobre a sua trajetória
literária e educacional dentro da prisão, onde ficou por mais de 30 anos. “O que
se aprende nas prisões é a cultura do crime. É uma cultura que impregna e que
faz o preso voltar para a cadeia, mesmo que não queira”, declarou.
Envolvido com o crime desde criança, ele destacou
que o interesse pelos livros e pela educação só veio quando tinha 23 anos,
depois que um amigo o presenteou com vários livros. O hábito de ler e escrever
veio aos poucos, depois de um esforço diário. Segundo Mendes, no começo escrevia
cartas para a mãe e lia cinco minutos por dia. “Eu percebi, depois que comecei a
escrever, que podia confiar na vida. Eu descobri novas culturas, novas
possibilidades”.
O escritor criticou a falta de alternativas para
que o presidiário quando deixa a prisão possa ser reintegrado na sociedade.
“Muitos números são apresentados, mas são poucos os cursos oferecidos na cadeia,
principalmente os profissionalizantes. Quando são oferecidos, é de marceneiro ou
mecânico, nada além disso”.
Fonte: Agência Brasil
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