Grandes chefes, líderes e sábios ainda vivem como condutores irreversíveis pela demarcação das terras, gestão sustentável de seus território e em solidariedade ao mundo moderno que se engrandece com lixos e dejetos de toda ordem, com o equilibrio ambiental. Lemos e assistimos com os olhos de 500 anos de resistência, ações injustificadas de irmãos brasileiros que nossos antepassados receberam no passado quando buscavam fugir de suas próprias terras para se instalarem como novos brasileiros e agora buscam legitimar com suas pobres razões a invasão de nossas terras com armas letais como os grandes caminhões e tratores atuando como se fossem tanques de guerra, para matar a mãe terra e depois as famílias indígenas....
Talvez o Governo Federal devesse ser mais honesto em suas incursões pois no ano de 1981 quando precisou, o Presidente Lula pediu acolhida e demos dentro de uma plenária chamada União das Nações Indígenas, assim como quando buscou recursos e apoios de Muammar al Gadhafi, governo ditador da Líbia.
Nunca pedimos nada em troca, mas ao assistirmos a invasão oficial da FUNAI, nosso único órgão no relacionamento com o Governo Federal, pelas Forças Especiais de Segurança, sentimo-nos inseguros, pois não somos ladrões, saqueadores e bandidos.
E como primeiros brasileiros, exigimos respeito.
Espiritualmente a força indígena celebra o Dia do Índio para superar preconceitos, o lamento, a dor e a pecha de vítimas dadas pelo colonizador para justificar suas ações genocidas contra as primeiras nações do Brasil, ontem e ainda hoje.
Irmãos de todas as raças e origens,
o caminho indígena construiu um Brasil com seus corpos e o futuro não pode repetir esse erro mesmo que heróico, por isso mais que uma mensagem por esse dia consagrado pelo Governo Brasileiro como nosso Dia, o espírito de irmãos com negros e brancos não deve ser apenas de solidariedade, mas também de luta e luta para o bem comum e o bem viver das futuras gerações.
Marcos Terena
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segunda-feira, 19 de abril de 2010
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