quinta-feira, 10 de setembro de 2009



PROJETO KRAHÔ
O Projeto de Etnodesenvolvimento Sustentado para a Sociedade Krahô, mais conhecido como Projeto Krahô, teve início em 1995 e, em 1998, recebeu o Prêmio de Gestão Pública e Cidadania, concedido pela Fundação Getúlio Vargas. Criado para proteger uma das últimas áreas contínuas do bioma do Cerrado, onde habita a população Krahô, cerca de 2000 índios, o Projeto tem como grande desafio conciliar práticas agrícolas de baixo impacto ambiental, capazes de garantir a segurança alimentar das 16 aldeias, com os costumes culturais desse povo indígena.

A FUNAI é a parceira preferencial do projeto, que é administrado pela União das Aldeias Krahô-Kapèy, integrada pelas lideranças de todas as aldeias localizadas na área indígena da etnia Krahô. Desde o início, o Projeto Krahô conta com a colaboração técnica da EMBRAPA e a participação direta dos próprios índios.

O Projeto Krahô foi iniciado em 1995, está dividido em sub-programas específicos para atender às necessidades da comunidade e estima-se que leve duas décadas para ser inteiramente implantado. Entre as etapas desenvolvidas, destacam-se a realização de diagnóstico participativo para o resgate de informações sobre as técnicas tradicionais de produção; o acompanhamento de duas famílias para sistematização das informações sobre situação alimentar durante um ano; definição de sistemas agrícolas capazes de serem compatíveis com a cultura Krahô e permitirem a produção de alimentos e perenização das roças; vialibização do uso de espécies vegetais condicionadoras do solo e capazes de aumentar a fertilidade natural; diversificar o sistema de produção nas aldeias; introduzir práticas agrícolas inovadoras, que aumentem a sustentabilidade das lavouras e, por fim, documentar as atividades desenvolvidas para a posterior criação de material didático.

A União das Aldeias Krahô-Kàpey e seu povo

Foi criada em 1993, para zelar e defender os interesses sociais, econômicos, jurídicos e culturais da tribo e desenvolve vários projetos, administrando-os diretamente. Desde a sua criação, a organização indígena Krahô recebeu recursos da FUNAI e de outras instituições brasileiras e internacionais. Além do projeto Krahô, a União das Aldeias Krahô-Kàpey mantém, em convênio com a FUNAI, a Escola Agroambiental Catxê kwyj.
O povo Krahô amargurou forte pressão de colonizadores, desde os primeiros contatos em finais do século XVIII, quando habitavam o cerrado do estado do Maranhão. Pressionados, deslocaram-se para o sul, subindo o Rio Tocantins, até se localizarem na região atual onde sofreram um massacre organizado por criadores de gado. Com a repercussão internacional do massacre, o governo brasileiro demarcou o território indígena numa área de 320.000 hectares, nos municípios de Goiatins e Itacajá. Na FUNAI, a comunidade é assistida pela Administração Executiva Regional de Araguaína. Apesar de deter um milenar e rico conhecimento da flora e fauna do cerrado, o povo Krahô sofreu um verdadeiro processo de genocídio cultural em seu contato com o não-índio.Fonte:Funai

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