quinta-feira, 9 de agosto de 2007

crise de orígem










Tenho experimentado a entrega dos processos técnicos ao sabor da gratuidade e do acaso sem perseguir o resultado, valorizando sim o caminho. Picasso, Gaudi e Miro, transformaram-se nos nossos clássicos e investigaram à exaustão a máxima de que a essencialidade da arte repousa exatamente na sua aparente gratuidade.
A contemporaneidade traz uma sensação de “tudo Já foi feito...” e por isso mesmo nos coloca na posição de crianças novamente a experimentar todos esses caminhos já abertos e quem sabe trilhar meios de expressão própria.
A crise do original, como a própria palavra , vem da crise de origem...ora, nosso tempo vem acompanhado de crises de mudanças de paradigma e por que não realizar um mergulho no “Self” como objeto de investigação .
A questão das técnicas , a visão do artista enclausurado , não trazem mais as respostas e nos colocamos diante de novos desafios para a continuidade do ofício.


O repertório técnico e imagético de um artista hoje, vem do aprendizado dos meios de produção e capacidade de lidar com seus símbolos transformando-os numa mitologia pessoal. As imagens não são procuradas mas vêem de encontro ao seu criador. De um simples croqui num papel rabiscado na sala de espera do dentista, surge uma possibilidade... técnica? Bem...somos convidados diariamente a mudar de couraça, pelo menos das cores delas como verdadeiros camaleões. Soma-se a tudo isto a disponibilidade de informações disponíveis nas cabeças, nos livros e principalmente na REDE. Ao invés do mal estar provocado pelo banal, pelo “deja vu” a sensação é de que todos somos convidados para essa festa tão democrática .

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